Batalha dos juros é o “nunca antes” de Dilma


Marcelo Semer, Terra Magazine / Blog do Marcelo Semer

“Quando a presidenta Dilma Roussef citou Guimarães Rosa em seu discurso de posse, lembrando que a “vida quer da gente coragem”, nem os mais otimistas podiam supor que no ano seguinte ela iniciaria uma violenta queda de braço com as instituições financeiras. E com grandes chances de ganhar.

Aliado a um forte discurso evocando a “lógica perversa” dos juros altos, a presidenta vem forçando a queda da taxa Selic e com a ação de seus bancos públicos pressionando para baixo os juros ao consumidor.

Críticos mais ansiosos se precipitaram em reduzir sua fala no Dia do Trabalho a uma ação populista.

Mas nos dias que se seguiram, o governo anunciou a alteração do rendimento das cadernetas de poupança, um tema tabu que nenhum de seus antecessores, inclusive o carismático e popular presidente Lula, tiveram coragem em tocar. No governo anterior, aliás, o vice José Alencar morreu atacando sozinho os juros altos.

Durante muitos anos, a imprensa especializada inundou de críticas a elevada taxa de juros -a “maior do mundo”. Dizia-se que ela punia a indústria e estancava o crescimento.

Mas quando o governo, enfim, resolveu tomar medidas para reduzi-la, muitos se acomodam em ressalvas, demonstrando a hipocrisia estampada nos editoriais.

Não é à toa.

O premiado documentário “Trabalho Interno” revelou, nos Estados Unidos, o enorme conflito de interesses que havia entre os mais prestigiosos intelectuais da economia, que assistiram praticamente inertes à crise de 2008. Apurou-se que parcela significativa dos acadêmicos também prestava serviços ao sistema financeiro.”
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