A verdade, para quem mais precisa da verdade


Emir Sader, Carta Maior / Bog do Emir

‘O poeta alemão Bertold Brecht, em seu texto “As dificuldades para dizer a verdade” enumera uma série dessas dificulades, até concluir pela última e mais importante: fazer chegar a verdade para quem mais precisa da verdade.

Como disse a Presidenta Dilma no seu histórico depoimento no Senado, na ditadura não há verdade, só mentira. A verdade só pode existir na democracia, porque é objeto da livre vontade das pessoas de dizer as coisas como realmente säo.

O Brasil tinha uma dívida com sua democracia: dizer a verdade do que aconteceu quando a democracia foi violentada, saqueada, sangrada, por militares golpistas e por todos os que os apoiaram e se beneficiaram da aventura ditatorial. A transição democrática necessita, para se completar, da versão oficial do que realmente aconteceu quando foi instaurado o pior momento da história republicana do Brasil.

A aprovação da Comissão da Verdade - e agora a nomeação dos membros que a compõem, - coloca a democracia brasileira em condições de conhecer a verdade do que foi feito, em nome do Estado brasileiro, durante a ditadura. Como, alguns valendo-se da força selvagem, em nome dos supostos interesses da “segurança nacional”, usurparam o Estado e todo seu poder – de armas a impostos, de capacidade de espionagem à de assassinato e desaparição dos corpos das vítimas, de cerceamento da verdade e imposição da mentira – liquidaram a democracia a duras penas construída pela cidadania e impuseram o reino do terror durante mais de duas décadas no Brasil.”
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Comentários

Anônimo disse…
Não é possível encontrar honra ou dignidade na defesa da corrupção! Mas os senhores defenderam Antonio Palocci! Além de terem defendido os demais ministros exonerados igualmente corruptos! A menos que os senhores sejam corruptos! Ou senão corruptos, proprietários de revistas, jornais, blogs, sites, portais, de outros meios de comunicação chapa branca, i.é, daqueles que dependem de publicidades oficiais! Há também, os funcionários públicos que desejam a continuidade de suas exclusivas mordomias. Neste emaranhado de corrupção ou conivência, encontramos os filiados do PT e partidos da situação usufruindo de cargos públicos distribuídos como se fossem presentes! Existe ainda, a hipótese que os senhores realmente estejam convencidos de que não houve a dança da pizza, os dólares na cueca, que o Waldomiro Diniz não pediu propina para o PT, que nunca houve o mensalão, que o Lula não sabia e de que os ministros exonerados são homens de reputação ilibada! Caso forem estes os motivos, estarão parecendo os terroristas islâmicos que em nome de um deus têm provocado massacres os mais cruéis! Ou seja, a estupidez levada ao absurdo ou os senhores mesmos!
Att. Eugênio José Alati