Do blog: Náufragos da Utopia
“O jornal carioca O Globo publica
entrevista do tenente-coronel reformado Paulo Malhães, torturador que o Centro
de Informações do Exército incumbiu em 1970 de implantar a Casa da Morte de
Petrópolis e de ser um dos oficiais que nela tentariam converter presos
políticos em agentes infiltrados.
Segundo ele, a libertação de Inês Etienne Romeu, sobrevivente da Casa, teria sido um erro dos agentes: iludidos por ela, acreditaram que iria colaborar com a repressão.
Dentre os presos políticos que por lá passaram, Inês era tida como a única que saiu com vida, enquanto os mortos totalizariam 22. Malhães afirma, entretanto, que houve quem tenha se colocado a serviço das Forças Armadas, passando inclusive a receber ajuda financeira: "Na lista de desaparecidos tem RX [infiltrados]". Mas, não identificou nenhum nem apresentou provas.
Segundo ele, a libertação de Inês Etienne Romeu, sobrevivente da Casa, teria sido um erro dos agentes: iludidos por ela, acreditaram que iria colaborar com a repressão.
Dentre os presos políticos que por lá passaram, Inês era tida como a única que saiu com vida, enquanto os mortos totalizariam 22. Malhães afirma, entretanto, que houve quem tenha se colocado a serviço das Forças Armadas, passando inclusive a receber ajuda financeira: "Na lista de desaparecidos tem RX [infiltrados]". Mas, não identificou nenhum nem apresentou provas.
Reticente quanto ao destino dos que, apesar
das torturas, não aceitaram a proposta de "virar", ele acabou
admitindo implicitamente que eram executados:
"Se
ele deu depoimento, mas a estrutura [da organização guerrilheira] não caiu, ele
pode ter sofrido as consequências".
Isto fica mais claro ainda em outro trecho,
no qual, inclusive, ressalta que a execução era decidida por escalões
superiores:
"Se
era o fim da linha? Podia ser, mas não era ali que determinava".
Além dos estimados companheiros que eu
sabia terem sido assassinados na Casa da Morte (José Raimundo da Costa e Heleny
Guariba), a reportagem d'O Globo levanta a hipótese de que meu companheiro de
militância desde o movimento secundarista, Gerson Theodoro de Oliveira, não
haja morrido em tiroteio de rua (versão divulgada na época), mas sido lá
abatido, pois "a certidão de óbito informa o endereço do DOI-Codi/RJ como
local de sua morte".
Eis as cinco retrancas da reportagem (clique p/ abrir):
Torturador conta rotina da Casa da Morte em Petrópolis
Conheça as vítimas da Casa da Morte
Malhães se aliou ao PCdoB na Baixada
Única sobrevivente da Casa da Morte relata tortura, estupro e humilhação
Prisão clandestina pertencia a estrangeiro
Eis as cinco retrancas da reportagem (clique p/ abrir):
Torturador conta rotina da Casa da Morte em Petrópolis
Conheça as vítimas da Casa da Morte
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Única sobrevivente da Casa da Morte relata tortura, estupro e humilhação
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