Thalif Deen, IPS / Envolverde
“A discussão central da Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontecerá na
próxima semana no Rio de Janeiro, será em torno do conceito de “economia verde”
e sobre a melhor forma de defini-la.
“Se a economia for definida claramente
apontando para um desenvolvimento sustentável, sem recorrer a experimentos
baseados no mercado ou em soluções técnicas, será um êxito”, disse Alex
Scrivener, oficial de políticas do World Delepoment Movement (WDM – Movimento
Mundial de Desenvolvimento), com sede em Londres. O secretário-geral da Organização das
Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou que a comunidade internacional deve
chegar a um consenso sobre a economia verde inclusiva, “que tire as pessoas da
pobreza e proteja o meio ambiente”. Isto, acrescentou, exige colaboração
internacional. Contudo, também investimento, financiamento, experiências
compartilhadas e transferência de tecnologia.
Um tema fundamental da Rio+20 será como
integrar uma “economia verde” ao conceito mais amplo de desenvolvimento
sustentável. Segundo o WDM, “uma verdadeira economia verde adotará a justiça
econômica e o direito das comunidades pobres de definirem seu próprio caminho
para sair da pobreza e acabar com as políticas perniciosas que priorizam o
lucro em relação às pessoas e ao meio ambiente”. O WDM também diz que esta
economia porá fim “à nossa obsessão pelo crescimento econômico e um consumo não
sustentável, os quais reorientará insistindo em como cobrir as necessidades de
todo o mundo de maneira verdadeiramente sustentável”.
O rascunho do plano de ação, documento a
ser discutido na Rio+20, divulgado em janeiro, era vago e deixava de fora
muitos dos compromissos concretos, diz a organização, mas as negociações
seguintes parecem tê-lo diluído ainda mais. Sem declarações específicas, como a
disponibilidade de fundos para facilitar para os países em desenvolvimento a
implantação de políticas verdes ou um cronograma concreto para o fim dos
subsídios aos combustíveis fósseis, o documento final da conferência corre o
risco de ser uma declaração insossa de generalidades, destaca o WDM.”
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