Escândalo protagonizado por Lula-Mendes vai para o arquivo


Wálter Fanganiello Maierovitch, Terra Magazine / Sem Fronteiras

"Ninguém fala mais nada sobre o escândalo protagonizado pelo ministro Gilmar Mendes e o ex-presidente Lula. A  mídia, sobre o escândalo, preocupa-se em informar e analisar novos e diferentes fatos.

O estranho foi ter passado batido uma ocorrência assustadora, ou seja, o uso político da toga.

A propósito, minha opinião foi parar no sítio do Conselho Nacional de Justiça e é a seguinte:

Na manhã de 26 de abril houve em Brasília, especificamente no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, uma reunião de cunho privado com a participação de três personagens da vida político-partidária brasileira. Atenção: da vida político-partidária. O anfitrião Jobim recebeu Gilmar Mendes, fora de função pública e em encontro particular e reservado, e Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República. 

Os três admitem o encontro e divergem no restante. Frise-se: nem Jobim nem Lula ocupam cargos públicos. Portanto, Mendes é o problema. Aliás, um grande problema ainda não exposto pela mídia. Tudo por causa da sua proibida, frequente e intensa atividade política. Pela Constituição, “aos juízes é vedado dedicar-se à atividade político-partidária” (art. 95, parágrafo único, II). 

Leia também: Andante mosso: Mexa-se, Supremo Paulo Lacerda: “Gilmar Mendes está exaltado, sem controle” Lula: “Preciso tomar cuidado com quem não gosta de mim”.

Além de noticiadas incursões eleitorais em Diamantino (a família domina a política em sua terra natal e o ministro participa de campanhas), não deve ser esquecido o fato de Mendes, em setembro de 2010, ter sido flagrado a atender telefonema de José Serra, então candidato à Presidência pelo PSDB. Isso quando presidia no STF uma sessão que analisava as exigências de documentos de apresentação necessária para o exercício do direito de voto. Pelo noticiado, Serra estava interessado em adiar o julgamento. 

Segundo Jorge Bastos Moreno, colunista de O Globo, Mendes saiu da reunião do escritório de Jobim em abril e rumou para outra com integrantes do Democratas e o seu líder maior, José Agripino Maia. Por ter deixado o partido, não estava presente o senador Demóstenes Torres. Nos últimos dias, Torres tem sido tratado por Mendes como um mero conhecido. Amizade, jamais. Pelo ministro do STF ao certo o senador não seria avisado nem sobre o último trem de Berlim.”
Artigo Completo, ::Aqui::

Comentários

zejustino disse…
O criminoso togado, supremo boquirroto, conseguiu se safar novamente graças aos supremos coleguinhas, à mídia esgôto e os entreguistas bicudos.
Anônimo disse…
A fábula dos três porquinhos.

Por alguns momentos o Brasil esteve nas patas de três porquinhos. Às escondidas, eles se reuniram para burlarem o julgamento do mensalão! Foram para um escritório para decidirem acima de um país, como se as suas vontades pairassem sobre tudo, como se fossem os donos de uma nação! Quanta soberba, arrogância, pretensão!

O porquinho ex-presidente falou primeiro: “Gilmar, como podemos fazer pra atrasar o mensalão?” O segundo porquinho, fazendo beicinho e como não soubesse o que responder, olhou para o terceiro porquinho pedindo uma sugestão. Então, o Jobim, outro porquinho, aproveitou a deixa e sugeriu: “Gilmar, você poderia solicitar vistas!”, “é, existe essa possibilidade”, completou o segundo porquinho!

Demonstrando profundo interesse pela questão levantada pelo porquinho ex-presidente, o segundo porquinho perguntou: “presidente, o senhor já falou com o Dias Toffoli?”; “já”, respondeu o grande porquinho! “E com o Lewandowski?”, retrucou o segundo porquinho! “Também já falei”, completou o grande porquinho, ex-presidente do Brasil!
“E como eles se manifestaram?”, quis saber o segundo porquinho. “Bem, o Toffoli não me pareceu muito seguro e o Lewandowski disse que está fazendo todo o possível para atrasar o julgamento, mas que a pressão tem sido grande”, respondeu preocupado o primeiro porquinho.

Olhando para o terceiro porquinho, o segundo porquinho perguntou: “você tem alguma sugestão?”; “talvez devêssemos conversar com o Ayres Britto e achar algum expediente jurídico que embaralhasse o meio de campo”, alentou o terceiro porquinho como se fosse uma solução!

O pano desce devagarzinho. Estava completa a cena. Não havia mais nada a comentar. Os três porquinhos haviam vivenciado uma fábula, a de como todo esforço de uma nação pode ser burlado por três porquinhos, mais interessados na caca do que na dignidade de um país!

Att. Eugênio José Alati