“E não é pouca coisa: são mais de 100
imóveis adquiridos em sete anos; ex-diretor do Aprov, Hussain Aref Saab é
suspeito de enriquecimento ilícito e irregularidades na aprovação de
empreendimentos imobiliários dentro da administração municipal de São Paulo
Fernando Porfírio, Brasil 247
O Ministério Público paulista entrou na
Justiça, nesta terça-feira (19), com uma ação cautelar, na qual pede o bloqueio
dos bens e das aplicações financeiras de Hussain Aref Saab. Ex-diretor do
Aprov, o setor da Prefeitura responsável pela aprovação de construções com mais
de 1,5 mil metros quadrados, na cidade de São Paulo. Aref é suspeito de
enriquecimento ilícito e irregularidades na aprovação de empreendimentos
imobiliários dentro da administração municipal.
A ação foi proposta pelo promotor de
justiça Silvio Antonio Marques. De acordo com o promotor, o pedido reclama que
a justiça torne indisponíveis os bens do ex-diretor, dos seus dois filhos, da
mulher dele e da empresa. Para o Ministério Público, há incompatibilidade entre
o patrimônio e o salário do servidor, que era de cerca de R$ 20 mil.
Durante a maior parte da gestão Gilberto
Kassab na prefeitura da capital (entre 2005 e 2012), Aref foi o homem
responsável pela liberação de empreendimentos imobiliários de médio e grande
porte na cidade. Nesse período, adquiriu 106 imóveis e acumulou patrimônio de
mais de R$ 50 milhões. Só foi afastado da administração após o suposto esquema
ser denunciado pela imprensa.
O promotor Silvio Antonio Marques afirmou que
também abrirá inquéritos civis para apurar a liberação de obras irregulares em
cinco shoppings da cidade, entre os quais Higienópolis e Pátio Paulista. A
liberação teria ocorrido após pagamento de propina ao auxiliar de Kassab.
De acordo com investigação do MP, uma
ex-diretora financeira da Brookfield Gestão de Empreendimentos (BGE) afirmou
que a multinacional pagou R$ 1,6 milhão em propina, entre 2008 e 2010, com o
intuito de liberar obras irregulares nos shoppings Higienópolis e Paulista, em São Paulo.”
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