“Para líderes políticos que apoiam o
presidente Fernando Lugo, país vive golpe de Estado. Segundo eles, não há
violência explícita. Busca-se dar aparência constitucional a uma tomada do
poder pela força. Com rito acelerado, se não houver novidades, a decisão final
será tomada pelo Congresso até sábado. A expectativa desses ativistas é que
haja protestos populares e isolamento internacional. A reportagem é de Gilberto
Maringoni.
Gilberto Maringoni, Carta Maior
O Paraguai vive um golpe de Estado com
coreografia legal, de acordo com o líder camponês Ramón Molina. A Câmara dos
Deputados aprovou a abertura do processo de impedimento do presidente da
República, Fernando Lugo, em rito sumário no final da manhã desta quinta-feira
(21). No início da tarde o roteiro adentrava o Senado. Os prazos são
curtíssimos. A acusação está sendo feita nesta noite e a defesa deve acontecer
na sexta (22). A decisão final – se nenhum fato novo ocorrer – pode ser
aprovada no sábado (23).
A depender dos votos parlamentares, Lugo é carta fora do baralho. A votação na Câmara foi de 73 votos contra o governo e um a favor. A maioria dos 45 senadores – mesmo os do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), da coligação governista – quer abreviar o mandato do chefe do Executivo.
O conflito entre os representantes parlamentares da elite local e o mandatário arrasta-se há pelo menos três anos. Na raiz de tudo está a resistência de Lugo em reprimir abertamente movimentos de camponeses sem terra que se enfrentam com grandes proprietários, entre eles vários brasileiros.
Até o início da noite de quinta não havia tanques nas ruas ou violência aberta. Há – segundo ativistas locais que conversaram com Carta Maior – uma crescente resistência popular. É a grande esperança dos partidários de Lugo para manter a normalidade democrática.
A seguir apresentamos os depoimentos de Najib Amado, secretário-geral do Partido Comunista Paraguaio, Ramón Molina, líder camponês e dirigente do Partido Popular da Convergência Socialista e Martin Almada, ativista de direitos humanos.”
A depender dos votos parlamentares, Lugo é carta fora do baralho. A votação na Câmara foi de 73 votos contra o governo e um a favor. A maioria dos 45 senadores – mesmo os do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), da coligação governista – quer abreviar o mandato do chefe do Executivo.
O conflito entre os representantes parlamentares da elite local e o mandatário arrasta-se há pelo menos três anos. Na raiz de tudo está a resistência de Lugo em reprimir abertamente movimentos de camponeses sem terra que se enfrentam com grandes proprietários, entre eles vários brasileiros.
Até o início da noite de quinta não havia tanques nas ruas ou violência aberta. Há – segundo ativistas locais que conversaram com Carta Maior – uma crescente resistência popular. É a grande esperança dos partidários de Lugo para manter a normalidade democrática.
A seguir apresentamos os depoimentos de Najib Amado, secretário-geral do Partido Comunista Paraguaio, Ramón Molina, líder camponês e dirigente do Partido Popular da Convergência Socialista e Martin Almada, ativista de direitos humanos.”
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