Rodolpho Motta Lima, Direto da Redação
“Demorou, mas
acabou acontecendo. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações, reguladora
e fiscalizadora dos serviços de telefonia), decidiu suspender , a partir da
próxima segunda-feira, a venda de linhas de celulares por parte das operadoras
TIM (em 19 estados), OI (em 5) e CLARO (em 3). A medida foi motivada por
levantamentos colhidos junto a dezenas de “procons” no país, que
revelaram sérias deficiências na qualidade dos serviços prestados pelas
empresas ao consumidor . A Anatel condiciona a interrupção da suspensão a
providências corretivas das operadoras, que passam pela apresentação , em até
30 dias, de planos de investimentos capazes de levar à superação dos problemas
detectados.
Já não era sem tempo. O
cidadão brasileiro convive rotineiramente com os descalabros dessa área. Em
maior ou menor escala, temos nossa paciência testada ao limite quando somos
obrigados a contactar os malfadados “call-centers” dessas empresas, isso quando
não passamos pelo jogo de empurra das operadoras, ao tentarmos resolver, sem
êxito, os costumeiros problemas de interrupção ou deficiência dos serviços
prestados...
Somos o quinto país do mundo
no número de celulares, com cerca de 250 milhões de aparelhos. No Brasil, há
mais celulares do que habitantes, como resultado de monumentais campanhas
promocionais que seduzem o público com “ïnovações” que exploram a troca
constante de aparelhos e vinculam seu uso ao sucesso pessoal, bem ao gosto do
espírito de hoje.
Somos também o país onde os
serviços desse tipo são os mais caros do mundo. As operadores - e alguns
convenientes “especialistas” – tentam justificar as tarifas elevadas com a
excessiva tributação a que são submetidas. Meia verdade, porque esse exagero de
impostos já existia entre nós quando elas perseguiram e conseguiram as
concessões que hoje detêm. É claro que se trata de um grande negócio, altamente
lucrativo.
O fato é que essas operadoras são as
líderes , quando se trata de reclamações dos usuários sobre qualidade. São as
campeãs da ineficiência, superando outras áreas destacadas, como a dos cartões
de crédito ou dos serviços bancários. A presteza no encaminhamento de soluções
que resolvam os problemas está na proporção inversa da rapidez com que sabem
cobrar suas faturas. As despesas com investimentos, na proporção inversa dos
gastos hiperbólicos com a propaganda...”
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