Eduardo Guimarães, Blog da Cidadania
“Vai passando despercebido um fenômeno
poucas vezes visto na década passada e que era raro até há pouco tempo, mas que
parece estar crescendo. Colunistas e comentaristas de renome na grande mídia
estão eventualmente divergindo dos patrões – ou, se preferirem, da “linha
editorial” dos veículos nos quais trabalham.
Ao longo dos últimos anos uma voz se
levantou contra as posições monolíticas que aprisionavam todos os colunistas e
comentaristas da grande mídia, sem qualquer exceção de relevo. Paulo Moreira
Leite, colunista da Época, em seu blog hospedado no portal da Globo passou a
divergir abertamente da ideologia e das posições políticas dos patrões.
Recentemente, mais dois jornalistas da
Globo passaram a divergir da empresa pontualmente, coisa que não faziam em
questões nas quais a grande mídia “fechava questão”. Ricardo Noblat e Miriam
Leitão se rebelaram, em alguma medida.
Noblat, por exemplo, chegou a reconhecer a
inexistência de provas ou indícios contra o governador petista Agnelo Queiróz e
a existência de fartura de provas contra o tucano Marconi Perillo no que diz
respeito às relações de ambos com Carlinhos Cachoeira. Além disso, tem se
posicionado claramente contra o golpe no Paraguai.
Miriam Leitão, por sua vez, apóia a
Comissão da Verdade sem investigação “dos dois lados”, farsa que pretende
nivelar os crimes da ditadura à resistência a ela. E também condenou o golpe no
país vizinho, ainda que tenha estragado tudo comparando a situação do Paraguai
à da Venezuela, onde a democracia funciona de forma impecável no que diz
respeito à vontade eleitoral do povo.
Já na Folha de São Paulo, Jânio de Freitas,
que era o único a divergir de verdade da linha editorial e com frequência menos
pífia, vem aumentando o próprio tom em um coro de divergentes do qual, talvez,
tenha sido pioneiro. Também reconheceu a farsa contra Agnelo e foi peremptório
ao condenar o golpe no Paraguai, no que teve a companhia de Clóvis Rossi.”
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