Lewandowski revela insatisfação por ter sido "atropelado"


"Cumpri o calendário que me foi imposto pela Corte, sem a minha participação", disse, sobre ter liberado a ação em tempo hábil de cumprir o calendário proposto para sua análise

Brasil 247 / Conjur

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, tornou pública nesta quarta-feira (15/8), no plenário da Corte, sua insatisfação por ter sido atropelado na fixação do cronograma de julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão. "Cumpri o calendário que me foi imposto pela Corte, sem a minha participação", disse, sobre ter liberado a ação em tempo hábil de cumprir o calendário proposto para sua análise.

Lewandowski já vinha comentando, desde junho, com pessoas próximas e assessores, que sentiu que o calendário lhe foi empurrado "goela abaixo". O ministro não estava presente na sessão administrativa em que o Supremo fixou o calendário de julgamento do processo (clique aqui para ler ), no dia 6 de junho.

De fato, não se conhece precedente na história do STF de processo pautado para julgamento sem que seu revisor o tivesse liberado. A aprovação do cronograma foi condicionada ao término da revisão do processo por Lewandowski. Isso foi ressaltado por diversos ministros na ocasião da fixação do cronograma.

Mas, na prática, internamente, o sentimento foi o de que se estabeleceu um prazo para que o ministro terminasse a revisão. Isso fez com que o ministro tivesse que revisar um processo de 234 volumes — hoje, já são 235 —, quase 60 mil páginas e 38 réus em um prazo de seis meses. Esse é o prazo médio que revisores levam pra liberar ações penais muito mais simples.”
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