Franklin Martins concorda que é preciso ‘liderança do governo’ para democratizar a mídia


Franklin Martins defende um marco regulatório para a mídia no Brasil

Correio do Brasil
 
“Ex-ministro da Comunicação Social durante os dois mandatos do ex-presidente Lula, o jornalista Franklin Martins espera uma iniciativa do governo da presidenta Dilma Rousseff para que se estabeleçam, no país, os marcos regulatórios capazes de deter o repasse de mais de 90% dos recursos aplicados pela mídia estatal para apenas uma fração do universo de rádios, jornais e revistas difundidos pela internet e outros canais alternativos, ao público brasileiro. Atualmente, apenas os veículos ligados à Rede Globo de Televisão, ao Grupo Folha da Manhã, dona do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo e do portal UOL na internet; ao grupo que edita o outro diário conservador, O Estado de São Paulo, e à Editora Abril, proprietária da revista semanal de extrema-direita Veja receberam, no ano passado, quantia não inferior a R$ 11,2 bilhões do setor público, segundo dados do Portal da Transparência. Os recursos são repassados diretamente das agências de propaganda para estes veículos de comunicação, ainda que todos eles estejam na mira da Comissão da Verdade, por apoio logístico, moral e financeiro à ditadura militar, que durou mais de 20 anos no Brasil. Até hoje, os detalhes destas operações ainda não foram revelados. A pressão para que o quadro permaneça como está – exercida por partidos conservadores, parlamentares ligados aos donos de meios de comunicação deste setor da sociedade e instituições patrocinadas por grupos de mídia – impediu, até agora, que o assunto sequer tenha sido analisado no âmbito do Legislativo.

Segundo Martins, que participou no fim de semana de um painel do evento Conexões Globais, na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre, a mudança no quadro de desperdício de dinheiro público e no apoio direto à concentração da mídia, no Brasil, depende agora da própria presidenta Dilma, e de mais ninguém.

– Isso precisa da liderança do governo, porque trata-se de concessões públicas. O governo tem que liderar esse debate. Acredito que em algum momento isso acontecerá – disse a jornalistas durante uma pequena coletiva de imprensa, minutos antes de falar ao público.”
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