“Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad
(PT) pagou com recursos próprios o aluguel da sala ao lado do local onde os
envolvidos no esquema de corrupção junto a empreiteiras e construtoras se
encontravam para repartir o dinheiro obtido ilegalmente, o chamado “ninho”; a
manobra de pagar a locação da sala e o seguro-fiança do próprio bolso,
juntamente com o controlador-geral, Mário Vinicius Spinelli, teria sido
engendrada para não levantar suspeitas acerca da investigação em andamento
Para Haddad, a manobra comprova as dificuldades do aparato estatal no combate a corrupção. Segundo ele, seria necessário que a Controladoria tivesse uma espécie de caixa para a realização de operações do gênero, com a prestação de contas dos recursos utilizados logo após o término das investigações.
Segundo o prefeito, o aluguel e o seguro-fiança, no valor de R$ 500 e R$ 3 mil, respectivamente, foram bancados por ele e pelo controlador-geral, Mário Vinicius Spinelli. Como a Justiça havia autorizado uma escuta ambiental na sala do Edifício Ouro para o Bem de São Paulo, no centro da cidade, e a prefeitura não pode alugar um imóvel sem a devida publicação no Diário Oficial, a opção foi fazer pagar o aluguel com recursos pessoais de maneira a não levantar suspeitas sobre a investigação em curso.
O escritório alugado pelos auditores Carlos
Augusto di Lallo do Amaral, Ronilson Bezerra Rodrigues, Luis Alexandre Cardoso
de Magalhães e Ronilson Bezerra Rodrigues, foi locado pelo irmão do deputado
federal Rodrigo Garcia (DEM-SP), que está licenciado do cargo. Rodrigo ocupou o
posto de secretário de gestão municipal, entre 2008 e 2010, na administração do
prefeito Gilberto Kassab (ex-DEM e atual PSD), e atualmente comanda a pasta de
Desenvolvimento Econômico do governo Geraldo Alckmin (PSDB).”
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