Franklin: Brasil tem uma das mídias mais concentradas do mundo

"Em entrevista ao programa Contraponto, o ex-ministro Franklin Martins, que atuará na campanha da presidente Dilma Rousseff, defendeu a regulação dos meios eletrônicos "como acontece em todos os países democráticos"; o objetivo, diz ele, é permitir que "mais correntes da sociedade possam se expressar"; ele também demonstrou preocupação  com a expansão de empresas de internet, como o Google, que "não paga imposto no Brasil, nem emprega no Brasil", mas já fatura R$ 3,5 bilhões ao ano com publicidade

Brasil 247

 O ex-ministro Franklin Martins, que atuará na área de comunicação da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, concedeu uma importante entrevista ao programa Contraponto, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, numa mesa redonda com o blogueiro Eduardo Guimarães, colunista do 247, e Maria Inês Nassif. Nela, Franklin defendeu seu projeto de regulação do setor de radiodifusão, que, recentemente, voltou a ser apoiado pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. "O Brasil tem uma das mídias mais concentradas do mundo", disse o ex-ministro. Segundo ele, o objetivo da democratização é permitir que "mais correntes da sociedade se expressem".
 
Na entrevista, Franklin destacou que seu projeto é voltado aos meios eletrônicos – e não à mídia como um todo. Segundo ele, jornais e revistas devem ser livres para produzir seu próprio conteúdo, estando sujeitos às penalidades previstas em lei. No entanto, ele defendeu a aprovação de uma lei de direito de resposta que garanta reparações com maior agilidade.

Franklin disse ainda que um ponto importante é impedir que políticos sejam donos de concessões de radiodifusão. Ele também afirmou que a regulação deveria interessar ao próprio setor, em razão com a convergência que ocorre com o setor de telecomunicações. "O ministro Paulo Bernardo deu um dado preocupante. No ano passado, o Google faturou R$ 3,5 bilhões de publicidade, atrás apenas apenas da Globo. Só que o Google não emprega nem paga impostos no Brasil", disse ele."

Assista, abaixo, à íntegra da entrevista:


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