Como Ubaldo, o paranoico, tornou-se padrão jornalístico

, Luis Nassif Online

"Aprecio o Arnaldo Jabor. É inteligente, já escreveu artigos brilhantes. E foi esperto o suficiente anos atrás para perceber o espaço vago e se candidatar ao posto de sucessor de Paulo Francis.

No início, reinou absoluto e com alguns artigos efetivamente brilhantes.
Depois, foram surgindo outros candidatos, com menor ou pouco talento.
E aí é importante entender como a mídia planeja seus modismos.

Houve período em que ela demandava indignados. Qualquer problema que acontecesse, lá vinham entrevistas com os indignados de plantão. Todo dia tinha um indignado disponível para se indignar ante qualquer fato.
Não batia com o estilo Francis, mais sofisticado e cético que os meramente indignados. Sua pretensão maior era ser enaltecido pelo direitista do Leblon e criticado pelo esquerdista de Ipanema. Já o indignado era um mero pequeno burguês sem verniz.

Com o tempo, a mídia passa a demandar o agressivo. Tornou-se moda, seguindo o modelo do Tea Party norte-americano. Se deu certo por lá, porque não por aqui?. E, por razões editoriais, cada vez mais os grupos de mídia passaram a exigir do perfil Francis – dos Francis de todos os veículos – a incorporação do estilo agressivo do Tea Party. Foi como colocar o dandy no papel do sujeito que não se peja em coçar o saco em público.

E toca os Francis de todos os niveis a substituir a ironia erudita, corrosiva, cética, de salão, pela catarse de palanque, igualando-se aos agressivos de pouco talento. Quem lê o Guilherme Fiúza hoje em dia, por exemplo, não se dá conta do texto soberbo que já praticou.

Com o mercado demandando, ofereceram-se agressivos de todos os naipes. Bastava possuir o chamado “valor simbólico”, ou seja, qualquer tipo de reconhecimento pela indústria da comunicação de massa, para se candidatar às novas vagas.

Assim, surgiu o agressivo musical, que antes só falava do barquinho e da flor; o agressivo poeta, que trocou  os versos densos pelas expressões chulas; o agressivo maluco, despejando impropérios; o agressivo esperto, emulando a retórica dos agressivos espertos de 64; e, inacreditavelmente, até o agressivo humorista, um contrassenso. E todos se empenhando em uma maratona similar à noite dos desesperados, cada qual procurando superar o competidor em agressividade.

É uma escalada notável. O agressivo passa a se comportar de maneira um pouco mais normal e, de repente, teme ser superado pelo concorrente do lado, que transbordou para o esgoto. E toca correr atrás.

Mas nenhum tipo de agressivo é mais candente que o agressivo paranoico. O comunicador paranoico visa conquistar o público paranoico. Cria-se uma interação poética selvagem, em que o público pede paranoia, e o comunicador paranoia dá. Cria-se um fanatismo tão grande entre comunicador e seu público, que nenhum imitador de meia pataca se aventurará a invadir o espaço.

Há casos de estilo paranoico brilhante, como o Olavo de Carvalho. Mas, na maioria dos casos, o estilo paranoico é pobre, apelativo, preguiçoso, receita pronta. Não demanda trabalho e talento. É só enxergar um comunista debaixo da cama, que a demanda se dá por satisfeita.

Não é à toa o sucesso do professor Hariovaldo de Almeida Prado. A parte mais interessante do fenômeno não é a capacidade do professor em caricaturizar a paranoia. É o fato dos paranoicos levarem-no a sério porque, na paranoia, não há como diferenciar a ficção do real.

Jabor não é agressivo, nem paranoico. É um cineasta, dramaturgo, roteirista talentoso, inteligente e esperto. Mas, de uns anos para cá, acomodado.

Quando o segmento agressivo passou a ser invadido por agressivos de toda espécie, ele tentou encontrar um espaço só dele. E, com a criatividade própria dos cineastas, recriou a figura ímpar de Ubaldo, o Paranoico, de Henfil.
Abaixo, um exemplo dessa troca de emoções entre comunicador e público.

Arabutan Rocha31/03/2014 - 13:41
É CLARO JABOR, DE DIREITO E DE FATO A MANDAR NO CONSELHO ADMINISTRATIVO DA PETROBRÁS, A QUERIDA TERRORISTA DILMA ROUSSEFF, Q NAS 10 TÁTICAS DA TOMADA DO PODER" LÊNIN, ESTÁ NA 6ª:"COLABORE COM O ESBANJAMENTO DO DINHEIRO PÚBLICO, COLOQUE EM DESCRÉDITO A IMAGEM DO PAÍS, ESPECIALMENTE NO EXTERIOR...

Rômulo 31/03/2014 - 12:40
Só a Imprensa goza de liberdade democrática no Brasil. A família e a Igreja estão sendo amordaçados aos poucos com leis intervencionistas como o projeto contra a palmada e o projeto contra homofobia. Em breve, a Imprensa será atingida também. Os partidos de esquerda, como o PT, que dominar.

carlos silva31/03/2014 - 10:05
os comunistas estao sempre acusando outros pelos seus erros mas que erros foi tudo com intencao de melhorar os bolsos dos que lutaram contra o regime militar. dilma e uma terrosta mentirosa. o mesmo termo que ela disse nao conhecer esta no contrato com a Nansei- do japao. fdeumaegua.

R.J31/03/2014 - 10:49
Era essa turma de ditadores corruptos que queriam tomar o Brasil em 31 de Março de 1964. Os militares, a pedido do povo, não permitiram. Mas, infelizmente, usaram o Lulla como informante e com isso, promoveram ele ao que é hoje! O cara serviu aos dois lados. E hj considerado o máximo!Isso é BRASIlil

carlos silva31/03/2014 - 09:51
estao comemorando 50anos de comunismo no brasil fim do regime miltar que impunha ordem e progresso e agora baderna e corrupcao. e ainda tem os safados comunistas rindo do sofreimento do povo. os mortos assassinados peloas bandidos do regime sao vitimas destes safados que fugiram das maos da ordem

carlos silva31/03/2014 - 09:19
uma invasao seria feita por soldados do exercito a noite de para quedas saltando de paquedas para pegar todos com a mao na massa. mas os comunistas que estao no comando nao querem atingir os bandidos eles gostam dos bandidos. olha so o ridiculo que esta esse pais."

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