Aécio vai para cima de Marina. E a mídia, irá com ele?As pesquisas dirão


 Fernando Brito, Tijolaço 

"Depois de Merval Pereira, é a Folha quem prevê  uma queda nas intenções de voto de Marina Silva.

Diz que  o próprio comando marinista  prevê “perda de substância” da candidata nas próximas pesquisas de intenção de voto. A ordem no comitê pessebista, porém, é manter o ânimo e a defensiva para levá-la ao segundo turno, mesmo diante de uma desidratação da ex-senadora”.

Aécio, sem ligar para seu telhado de vidro com as histórias do “mensalão mineiro”, segue em seu discurso anti-Dilma cada vez mais violento, mas dispara suas baterias, agora, também contra Marina Silva.

Não é que se tenha convencido de que pode voltar a existir na disputa eleitoral, mas a de que precisa, desesperadamente, disso.

E começou a fazer, como você vê aí na reprodução da página do PSDB  que está na web esta manhã.

Para variar, porém, da maneira errada, porque é incrível a incapacidade de sua marquetagem de fazer qualquer discurso que não seja de doentia agressividade, agora que aposentaram a platitude do “vamos conversar?”

É tão obvio que Marina faz, justamente, de sua imagem de “vítima” o carro-chefe de sua projeção marqueteira que só mesmo a esquipe de Aécio não o vê.

Como a percepção do obvi0, porém, é a mais democrática das capacidades humanas, fique certo o caro leitor e a estimada leitora de que há outras ofensivas, muito mais discretas, em gestação no conservadorismo.

E que só não estão em curso porque não há consenso de que serão vitoriosas ou, pior, se não comprometerão o plano central de derrubada de um governo nacionalista.

Não há maneira de realizar o sonho de tirar Dilma do segundo turno e, ao que parece, nem mesmo evitar que seja ela a primeira colocada na eleição inicial.

E um plano de ressurreição de  Neves só tem chance de progredir se for forte e pesadíssimo o processo de desconstrução de Marina, que terá, necessariamente, de passar pela “descanonização” de Eduardo Campos.

O que faz dela, apesar das posições que assume e do ódio doentio que tem de Dilma e Lula, uma complicada e menos efetiva aliada num turno final.

Como disse ontem o Painel da Folha, é verdade que estão “repensando”, mas a baliza deste “repensamento” serão as pesquisas que se encerram hoje.
Vão testar o “efeito-queda” em Marina?

Não sei, e não me aventuro a prever.

Afinal, discutir eleições que, nos meios de comunicação, se limitam a ibopes e denúncias e não no processo de formação das opções eleitorais coerentes com as aspirações políticas da população não é tarefa simples.

Mas de uma coisa estou certo: assim como sentem que “erraram a mão” a maior no processo de criação da “Onda Marina”, sabem que não podem errar na velocidade e profundidade de sua desconstrução."

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